quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quinta - Feira Santa uma Herança de Amor deixado por Cristo na Última Ceia


Na quinta-feira Santa celebramos a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio ministerial, e o mandamento do amor que Jesus deu a seus discípulos.


Jesus instituiu a Eucaristia, que é o sacramento, o memorial perpétuo das maravilhas de Deus realizadas por seu Filho Jesus, podemos dizer que a Eucaristia é um tesouro imensurável que o próprio Deus quis deixar como uma rica herança de amor e comunhão para seu povo escolhido.

 Jesus dá um sentido totalmente novo a páscoa judaica que ele celebrou com os seus discípulos, na noite, antes de ser entregue. A Páscoa judaica, como escutamos na leitura do livro do Êxodo, é o memorial, isto é, a atualização da libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. A eucaristia já não é um memorial, mas sim o Seu próprio sacrifício que se renova a cada celebração da Santa Missa.

O pão e o vinho são um sinal real e eficaz de Jesus que se entrega à morte para a salvação de todos num ato extremo de amor e de solidariedade para com a humanidade, e na sua ultima ceia Ele antecipa nos sinais do pão e do vinho no seu sacrifício, e a entrega que ele fará no dia seguinte. É a nova e eterna aliança de Deus com a humanidade, selada no seu corpo e sangue.

Paulo ao narra por duas vezes, as palavras de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”.

Encontramos ai uma ordem de Jesus, aos seus discípulos, constituindo-os sacerdotes do Novo Testamento sendo àqueles que na Igreja participariam ministerialmente do seu sacerdócio pela ordenação e que repetissem essas suas palavras, gesto que se reproduz de geração em geração, até a sua volta.

Também na mesma celebração deparamos com a narrativa que durante a ceia com seus discípulos, “Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

Portanto, participar da Eucaristia, comungar o corpo e o sangue de Cristo, é comprometer-se a fazer da própria vida uma entrega fraterna e solidária aos nossos irmãos, especialmente, aos mais necessitados, os enfermos, os pobres, as pessoas com deficiência, os anciãos, aos jovens e as crianças.

É importante que ao procurarmos ajudar os outros, contribuamos para que aqueles que ajudamos sejam sujeitos de sua própria promoção e não só destinatários de mera assistência, de simples ajuda. Dessa forma, estaremos colaborando para a promoção das pessoas e evitando o perigo de continuar perpetuando a desigualdade social.

Baseado em texto de Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis - Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida  – SP / Presidente da CNBB

Fonte: http://www.cantodapaz.com.br/blog/

ASMM 

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