segunda-feira, 16 de abril de 2012

16 de abril: Dia mundial contra a escravidão infantil


O dia 16 de abril é proposto como Dia Mundial contra a escravidão infantil, por iniciativa do Movimento Cultural Cristão. Ainda hoje são centenas de milhões os menores submetidos a variadas formas de servidão e exploração.

Iqbal Masih, pequeno paquistanense cristão, de 12 anos, foi morto no dia 16 de abril de 1995 pelas máfias têxteis do seu povoado, porque havia denunciado a sua exploração. Iqbal tinha trabalhado como escravo na indústria têxtil desde a idade de... quatro anos. Mas, uma vez obtida a liberdade, havia-se tornado uma testemunha dessa experiência, chegando a falar em parlamentos e universidades tanto dos Estados Unidos quanto da União Européia.

O empenho educativo que os Salesianos e os Grupos da FS levam para a frente em todo o mundo, inicia em muitos casos com o resgate dos menores das várias formas de escravidão. A Congregação salesiana, no ‘Congresso Sistema Preventivo e Direitos Humanos’, confirmou a sua decisão de trabalhar nesse campo. Nessa oportunidade, foram apresentadas diversas experiências relativas ao tema.

No Equador, por exemplo, os Salesianos promovem vários projetos de recuperação e reinserção social de meninos de rua e de trabalhadores - infantis. Testemunha-o também a história de Washington, que adentrou, faz 15 anos, o pátio da escola salesiana de Guaiaquil, onde funciona a sede da Fundação Projeto “Chicos de la Calle”. Tinha seis anos quando fugiu de casa e para longe dos pais que o maltratavam. “Acabei na rua pedindo trocados, escorregando a seguir para outros vícios”, recorda. Um padre salesiano convidou-o a fazer parte da casa. “Tudo mudou: tive aulas, aprendi a ler e a escrever, tornei-me um bom marceneiro” – refere o jovem, hoje com 21 anos.

Todos os anos são de 10 a 15 os rapazes que deixam a Fundação com habilitações profissionais e os instrumentos necessários para começar a trabalhar. Washington, entretanto decidiu continuar no Centro e ministrar cursos de marcenaria. “Tudo o que eu sei aprendi aqui; agora quero ensinar aos outros!” – disse ao jornal “El Comercio”.

Também no Equador há outro centro de excelência, para a tutela das crianças em estado de vulnerabilidade é o Centro de Amparo Nutricional e Pedagógico, de Cuenca, promovido pela Fundação Salesiana “Paces”. O centro assiste cotidianamente 120 entre crianças e adolescentes vulneráveis de ambos os sexos, preservando-os do trabalho infantil e garantindo-lhes uma permanência no sistema educativo formal.

O cuidado dispensado às crianças vulneráveis e em estado de exploração “vela por uma cultura diferente da infância, onde todos são iguais” – explica Edgar Gordillo, Diretor da Fundação Salesiana ‘Paces’.


 

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