quarta-feira, 21 de março de 2012

TESTEMUNHO DA PRESENÇA SALESIANA EM TERRAS ALBANESAS.


20 anos de história com os filhos de Dom Bosco na Albânia


A presença salesiana na Albânia completa 20 anos. Dois decênios que viram crescer juntos o país das águias e o carisma salesiano. Revejamos algumas etapas de uma história já tão promissora.

Em 1985 o ditador albanês Enver Hoxha morre em Tirana depois de anos de feroz regime. Inicia logo também um lento mas inexorável declínio do sistema ditatorial que ali é imposto. No início dos anos ‘90s, a situação social deixa de ser gerenciável pelas autoridades: o povo não agüenta mais, a pobreza é grande e por demais difundida, a polícia e o exército não conseguem mais conter a revolta que nasce nos estratos mais populares.
 
1991 é ano fatídico. No dia 4 de novembro um sacerdote albanês, P. Simon Jubani, realiza um gesto que poucos meses antes ter-lhe-ia custado a vida: consegue celebrar uma santa missa no cemitério de Scutari, na frente de muitíssimos fiéis. É algo inaudito para a população, habituada a 40 anos de opressão religiosa, naquele que, de todos os regimes ditatoriais  comunistas do Leste da Europa, era o único a definir-se ateu de maneira explícita em sua Constituição.
 
Sempre em 1991 iniciam também os primeiros desembarques de albaneses na Itália, nas costas da Puglia. Milhares e milhares de pessoas, jovens pelo geral, desesperados, abandonam o próprio país, ainda em fase absolutamente confusa, em busca de uma perspectivas de vida melhor, mais humana.
 
João Paulo II faz então um apelo aos Superiores Maiores de todas as Congregações a fim de que mandem missionários àquela terra. O P. Egídio Viganó, VII Sucessor de Dom Bosco, acolhe o convite do Papa e exorta o Superior da Inspetoria da Itália Meridional (IME), P. Luigi Testa, a pensar na hipótese de uma expedição missionária.
 
Depois de vários contatos informais, os salesianos chegam à Albânia, em Scutari no dia 24 de setembro de 1992. Os pioneiros são: P. Michele Gentile, da Inspetoria IME; o P. Zef Gashi, da Inspetoria eslovena; o P. Renato Torresan, da então Inspetoria Romana; o salesiano coadjutor Sr. Francesco Gippetto, da Inspetoria sícula; e dois jovens salesianos em formação, Dominik Qerimi e Lek Oroshi, ambos da Eslovênia; poucos dias depois se juntaram o P. Oreste Valle, da então Visitadoria da Sardenha. A Tirana chegam também as Filhas de Maria Auxiliadora. Para as Irmãs salesianas, na realidade, tratava-se de uma volta depois da ditadura comunista, visto que elas já tinham ido para lá a primeira vez em 1905.

Em dezembro de 1992 o grupo salesiano se divide em dois: uma parte fica em Scutari, transferindo-se ao edifício do Consulado Italiano já reestruturado; a outra parte vai a Tirana, onde se iniciam as atividades pastorais. Em 1997 o país é sacudido por novos frêmitos revolucionários, mas os salesianos ficam com o povo: o bem feito pelos filhos de Dom Bosco mereceu a tutela da população e os pais dos alunos e os amigos da obra de Tirana presidiaram o neocentro de formação profissional para evitar saqueios e a destruição do edifício educativo.
 
Desde 2000 a presença salesiana do Cossovo – que antes da repressão oficial, iniciada em 1967, dependia da Inspetoria Eslovena – é confiada à Inspetoria IME. Em Pristina se constrói também um grande centro escolar profissional. Em 2010, por indicação do Reitor-Mor, P. Pascuál Chávez, se abre uma nova presença em Gjilan, Cossovo, a 40 km de Pristina.

Hoje os salesianos albaneses são 11, dos quais 7 sacerdotes, um diácono às portas do Sacerdócio, um estudante de teologia e dois de filosofia. A esses se acrescentem um jovem pré-noviço e diversos jovens em fase de discernimento vocacional. De 1992 até hoje foram muitos os passos dados. A semente lançada na terra 20 anos faz já se tornou uma pequena árvore, que começa a dar os primeiros frutos. E que espera enraizar-se cada vez mais.

FONTE:www.infoans.org




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