Na quinta-feira Santa
celebramos a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio
ministerial, e o mandamento do amor que Jesus deu a seus discípulos.
Jesus instituiu a Eucaristia,
que é o sacramento, o memorial perpétuo das maravilhas de Deus realizadas por
seu Filho Jesus, podemos dizer que a Eucaristia é um tesouro imensurável que o
próprio Deus quis deixar como uma rica herança de amor e comunhão para seu povo
escolhido.
Jesus dá um sentido totalmente novo a páscoa
judaica que ele celebrou com os seus discípulos, na noite, antes de ser
entregue. A Páscoa judaica, como escutamos na leitura do livro do Êxodo, é o
memorial, isto é, a atualização da libertação do povo de Israel da escravidão
do Egito. A eucaristia já não é um memorial, mas sim o Seu próprio sacrifício que
se renova a cada celebração da Santa Missa.
O pão e o vinho são um sinal
real e eficaz de Jesus que se entrega à morte para a salvação de todos num ato
extremo de amor e de solidariedade para com a humanidade, e na sua ultima ceia Ele
antecipa nos sinais do pão e do vinho no seu sacrifício, e a entrega que ele
fará no dia seguinte. É a nova e eterna aliança de Deus com a humanidade,
selada no seu corpo e sangue.
Paulo ao narra por duas
vezes, as palavras de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”.
Encontramos ai uma ordem de
Jesus, aos seus discípulos, constituindo-os sacerdotes do Novo Testamento sendo
àqueles que na Igreja participariam ministerialmente do seu sacerdócio pela
ordenação e que repetissem essas suas palavras, gesto que se reproduz de
geração em geração, até a sua volta.
Também na mesma celebração
deparamos com a narrativa que durante a ceia com seus discípulos, “Jesus
levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou
água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a
toalha com que estava cingido. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa
que eu fiz”.
Portanto, participar da
Eucaristia, comungar o corpo e o sangue de Cristo, é comprometer-se a fazer da
própria vida uma entrega fraterna e solidária aos nossos irmãos, especialmente,
aos mais necessitados, os enfermos, os pobres, as pessoas com deficiência, os
anciãos, aos jovens e as crianças.
É importante que ao
procurarmos ajudar os outros, contribuamos para que aqueles que ajudamos sejam
sujeitos de sua própria promoção e não só destinatários de mera assistência, de
simples ajuda. Dessa forma, estaremos colaborando para a promoção das pessoas e
evitando o perigo de continuar perpetuando a desigualdade social.
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