O
dia 16 de abril é proposto como Dia Mundial contra a escravidão infantil, por
iniciativa do Movimento Cultural Cristão. Ainda hoje são centenas de milhões os
menores submetidos a variadas formas de servidão e exploração.
Iqbal
Masih, pequeno paquistanense cristão, de 12 anos, foi morto no dia 16 de abril
de 1995 pelas máfias têxteis do seu povoado, porque havia denunciado a sua
exploração. Iqbal tinha trabalhado como escravo na indústria têxtil desde a
idade de... quatro anos. Mas, uma vez obtida a liberdade, havia-se tornado uma
testemunha dessa experiência, chegando a falar em parlamentos e universidades
tanto dos Estados Unidos quanto da União Européia.
O
empenho educativo que os Salesianos e os Grupos da FS levam para a frente em
todo o mundo, inicia em muitos casos com o resgate dos menores das várias
formas de escravidão. A Congregação salesiana, no ‘Congresso Sistema Preventivo
e Direitos Humanos’, confirmou a sua decisão de trabalhar nesse campo. Nessa
oportunidade, foram apresentadas diversas experiências relativas ao tema.
No
Equador, por exemplo, os Salesianos promovem vários projetos de recuperação e
reinserção social de meninos de rua e de trabalhadores - infantis. Testemunha-o
também a história de Washington, que adentrou, faz 15 anos, o pátio da escola
salesiana de Guaiaquil, onde funciona a sede da Fundação Projeto “Chicos de la
Calle”. Tinha seis anos quando fugiu de casa e para longe dos pais que o
maltratavam. “Acabei na rua pedindo trocados, escorregando a seguir para outros
vícios”, recorda. Um padre salesiano convidou-o a fazer parte da casa. “Tudo
mudou: tive aulas, aprendi a ler e a escrever, tornei-me um bom marceneiro” –
refere o jovem, hoje com 21 anos.
Todos
os anos são de 10 a 15 os rapazes que deixam a Fundação com habilitações
profissionais e os instrumentos necessários para começar a trabalhar.
Washington, entretanto decidiu continuar no Centro e ministrar cursos de
marcenaria. “Tudo o que eu sei aprendi aqui; agora quero ensinar aos outros!” –
disse ao jornal “El Comercio”.
Também
no Equador há outro centro de excelência, para a tutela das crianças em estado
de vulnerabilidade é o Centro de Amparo Nutricional e Pedagógico, de Cuenca,
promovido pela Fundação Salesiana “Paces”. O centro assiste cotidianamente 120
entre crianças e adolescentes vulneráveis de ambos os sexos, preservando-os do
trabalho infantil e garantindo-lhes uma permanência no sistema educativo
formal.
O
cuidado dispensado às crianças vulneráveis e em estado de exploração “vela por
uma cultura diferente da infância, onde todos são iguais” – explica Edgar
Gordillo, Diretor da Fundação Salesiana ‘Paces’.
Fonte: www.infoans.org
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